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Antigo blogue do projeto novasoportunidades@biblioteca.esjs, patrocinado pela Fundação Calouste Gulbenkian
Escola Secundária José Saramago - Mafra

sexta-feira, 29 de abril de 2016

XVIII CONCURSO LITERÁRIO "MANUEL MARIA BARBOSA DU BOCAGE" 2016


Imagem e informações detalhadas do concurso, incluindo regulamento, aqui.


AMOR É FOGO QUE ARDE SEM SE VER - VARIAÇÃO XV


CC by jean-daniel pauget via Flickr.
Imagem daqui.




Amor é lágrima que não escorre,
É sorriso que não se esboça.

A tristeza a ele se entrega,
Sem a ele se submeter.
No peito esta dor se carrega,
Como raio de sol antes de chover.

É estar perdido com rumo traçado,
É esquecer, mas sempre recordar
Os desesperos do nosso passado.
É do sonho nunca se acordar.

André Queijeira e Ricardo Gomes, Alunos do 10º CT8-SE3 desta Escola.



quinta-feira, 28 de abril de 2016

FÁBULA


William Turner, The Grand Canal, Venice (1835).
Imagem daqui.



"O piloto e os marinheiros

Na prosperidade teme, na adversidade espera.

Como um certo homem se queixasse acerca das suas desgraças, Esopo inventou esta fábula com o fim de o consolar:

Uma nau, batida pelas cruéis tempestades, entre as lágrimas dos passageiros e o medo da morte, logo que o dia de súbito se muda para um aspecto sereno, começou a ser levada em segurança com os ventos favoráveis e a inspirar demasiada alegria aos navegantes. Então o piloto, feito experiente com os perigos, diz: É necessário folgar moderadamente e queixarmo-nos sem precipitação, porque a dor e a alegria misturam toda a vida."


Fedro, Fábulas, versão portuguesa de Nicolau Firmino. Lisboa, Editorial Inquérito, 1990, p. 90.



quarta-feira, 27 de abril de 2016

AMOR É FOGO QUE ARDE SEM SE VER - VARIAÇÃO XIV

Jogadores de xadrez, Alemanha, c. 1320.
Imagem daqui.



Amor é fogo que arde sem se ver,
É fazer xeque-mate sem mover a peça,
É marcar cesto sem a bola entrar e,
Mesmo sem aproveitar a onda, conseguir surfar.

Catarina Varela, Margarida Graça e Rúben Tibúrcio, Alunos do 10º CT8-SE3 desta Escola.



terça-feira, 26 de abril de 2016

O ESTRANHO CASO DE MÁRIO DE SÁ-CARNEIRO


Mário de Sá-Carneiro (1914).



O Estranho Caso de Mário de Sá-Carneiro (2015), documentário de Paulo Seabra e José Mendes, assinala o centenário da morte de um dos grandes nomes do Primeiro Modernismo português, falecido em Paris aos 25 anos.

O documentário poderá ser visionado hoje, pelas 23h27, na RTP2.

Imagem e informações adicionais aqui.


AMOR É FOGO QUE ARDE SEM SE VER - VARIAÇÃO XIII


Imagem daqui.



Amor é fogo que arde sem se ver,
é água seca num deserto molhado,
é estar sozinho e sentir-se acompanhado,
é errar amiúde e nunca aprender;

É ficar feliz quando se está a sofrer,
é estar longe mas continuar lado a lado,
é conseguir sorrir, apesar de magoado,
é tratar mal a quem se quer agradecer.

Ana Carolina Paiva, Maria Beatriz Rodrigues, Lara Castilho e Francisco Rodrigues, Alunos do 10º CT8-SE3 desta Escola.



sexta-feira, 22 de abril de 2016

NÃO HÁ NADA COMO UM LIVRO - Mensagem para o Dia Mundial do Livro 2016


Antecipando o Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor, que se celebra no dia 23 de abril, a BE divulga a mensagem que Irina Bokova, diretora-geral da UNESCO, escreveu para este dia.
 
Não há nada como um livro.
Um livro é um elo entre o passado e o futuro. É uma ponte entre gerações e entre culturas. É uma força para a criação e a partilha de sabedoria e conhecimento.
Frank Kafka disse uma vez: "um livro deve ser um machado para quebrar os mares congelados dentro de nossa alma”.
Uma janela para a nossa vida interior, os livros também são a porta de entrada para o respeito mútuo e a compreensão entre as pessoas, através de todos os limites e de todas as diferenças. Existindo em todos os meios, os livros incorporam a diversidade do engenho humano, dando forma à riqueza da experiência humana e expressando a busca de sentido e de expressão que todas as mulheres e homens compartilham, que faz todas as sociedades avançarem. Os livros ajudam a entrelaçar a humanidade como uma única família, mantendo um passado em comum, uma história e um patrimônio, para criar um destino que é compartilhado, no qual todas as vozes sejam ouvidas no grande coro da aspiração humana.
Isso é o que nós celebramos no Dia Mundial do Livro e Dia dos Direitos Autorais, em parceria com a Associação Internacional de Editores, a Federação Internacional de Livreiros e a Federação Internacional de Associações e Instituições de Bibliotecas – o poder dos livros para estimular a criatividade e fazer avançar o diálogo entre mulheres e homens de todas as culturas. Agradeço a Wroclaw, na Polônia, como a Capital Mundial do Livro de 2016, por seu compromisso com a difusão desta mensagem em todo o mundo.
Isso nunca foi tão importante em um momento em que a cultura está sob ataque, quando a liberdade de expressão está ameaçada, quando a diversidade é desafiada pela intolerância crescente. Em tempos turbulentos, os livros incorporam a capacidade humana de evocar mundos reais e imaginários, assim como de expressá-los em vozes da compreensão, do diálogo e da tolerância. Eles são símbolos da esperança e do diálogo que devemos valorizar e defender.
Shakespeare faleceu no dia 23 de abril de 1616, precedido apenas um dia por Cervantes. Neste dia, eu chamo todos os parceiros da UNESCO para compartilhar a mensagem de que os livros são uma força para combater o que Shakespeare chamou de “a maldição comum da humanidade – loucura e ignorância”.

AMOR É FOGO QUE ARDE SEM SE VER - VARIAÇÃO XII


Imagem daqui.




Amor é um forte sentimento;
É uma irreal realidade;
É uma frágil felicidade
Que se traduz num tormento.

É uma infeliz consequência;
É uma paixão dissimulada;
É uma chama que deve ser apagada
Para manter a própria decência.

É ter um peso na consciência
Que abala a confiança
E tende a aumentar a esperança.

É ter para com o próximo
Um aparente sinal de altruísmo
Que não passa de puro egoísmo.

Beatriz Lages, Diana Freire, Márcia Matias e Pedro Cordeiro, Alunos do 10º CT8-SE3 desta Escola.



quinta-feira, 21 de abril de 2016

AMOR É FOGO QUE ARDE SEM SE VER - VARIAÇÃO XI


PH. Marliento. Daqui.




Amor é amargura na alegria,
é pura luz na escuridão,
é noite em pleno dia,
em sociedade, solidão.

Amor é vazio preenchido,
é terreno transcendente,
é reler o que não foi lido,
é decorrer intemporalmente.

Amor é o falso verdadeiro,
é, inocente, ser culpado,
é libertar um prisioneiro,
é o desconcerto concertado.

É unanimidade polémica,
é pluralidade singular,
é natureza sintética,
é conforto no mal-estar.

Rodrigo Gonçalves, Aluno do 10º CT8-SE3 desta Escola.


DIAS DA MÚSICA EM BELÉM

A SALTAR DO LIVRO. LIVROS POP-UP

"Hallucination", de Philippe Ug.
Imagem e informações detalhadas aqui.


A exposição estará patente na Biblioteca Nacional, de 17 de maio a 9 de setembro de 2016.




terça-feira, 19 de abril de 2016

DEIXA-ME SER FELIZ (XV)


Cristiana Vicente Martins voltou à biblioteca para apresentar o seu livro Deixa-me Ser Feliz. Estiveram presentes os alunos do 10.º LH1, PI2 e PM2, acompanhados pelas professoras Helena Xavier e Maria Manuel Reis.

ENTREGA DE CERTIFICADOS


Alunos, professores e as assistentes operacionais da BE presenciaram a cerimónia de entrega de certificados aos alunos do Curso Profissional de Turismo, do 11.º PT23,  pela excelente prestação no apoio ao Projeto Comenius "Érase una vez, il était une fois..."
Parabéns!

DA SAUDADE XIX


Imagem daqui.



"(...) Portugal vive, igualmente, de símbolos culturais. (...) Se D. Dinis era conhecido como renomado trovador, assim como Gil Vicente se distinguiu na área da dramaturgia, o certo é que foram Luís Vaz de Camões e Fernando Pessoa que, em épocas bem distintas, mais marcaram a imagem poética de Portugal um pouco pelos quatro cantos do mundo, onde continuam a ser lidos e estudados.

Cada qual à sua maneira - sendo Camões a figura de um passado onde a gesta das descobertas marítimas acalentava sonhos conquistadores mesclados com lendárias figuras monstruosas que apenas os portugueses conseguiam contornar, e verificando-se em Pessoa um cariz definitivamente mais esotérico, conjugando mistério e sentimento, porém sempre dentro de uma visão de optimismo e crença num Portugal que retornasse aos ideais de um passado dominante - vieram a tornar-se símbolos nacionais. Porque a palavra escrita sempre teve o condão de possuir uma força intrínseca que não se deixa esbater pelo passar do tempo. E é pela força da palavra que encontramos outro símbolo perene do povo português, a saudade. Tão enraizado na nossa cultura que a tradução para outras línguas se afigura como tarefa praticamente impossível. Datam do século XIII os primeiros registos do uso de um termo que tanto se grafava como "soidade" ou "suidade", nas cantigas dos trovadores galaico-portugueses. Mas é apenas do século XV, portanto na época do rei D. Duarte, que saudade alcança a vitalidade ortográfica que ainda hoje permanece. Decalcada de solitate (solidão), a palavra adequava-se na perfeição a um povo de marinheiros. Com elevada frequência iam as esposas chorar ao cais, vendo os seus maridos partir em direcção ao mar desconhecido. (...) E de tal forma se incrustou esse sentimento na alma lusitana que a palavra saudade passou a ser genuinamente portuguesa."

Pedro Silva, Portugal País de Tradição, Gavião, Editor Ramiro Leão, 2010, pp. 51-52.


segunda-feira, 18 de abril de 2016

MÁRIO DE SÁ-CARNEIRO, "O HOMEM SÃO LOUCO"


Júlio Pomar, Retrato de Mário de Sá-Carneiro (2014-2015).


A exposição, patente na Biblioteca Nacional, de 
 26 de abril a 31 de agosto, está dividida em oito secções: Publicações em vida; Publicações na primeira metade do centenário da morte; Publicações na segunda metade do centenário da morte; Correspondência; Prosa; Poesia; Orpheu; e Miscelânea.

Informações detalhadas e imagem aqui.


quinta-feira, 14 de abril de 2016

O IMPROMPTU DE VERSALHES



Imagem e informações detalhadas aqui.


Peça de Molière, em cena no Teatro Nacional D. Maria II até ao dia 30 de abril de 2016.



AMOR É FOGO QUE ARDE SEM SE VER - VARIAÇÃO X


Imagem  daqui.



Amar é voar de pés no chão
É querer uma realidade ilusória
É ver a luz na escuridão
É uma transcendente misericórdia.

É uma sensata loucura
É um desidério almejado
É uma doce amargura
É um encontro mil vezes desejado.

Marta Bastos e Carlos Santos, Alunos do 10º CT5 desta Escola.



quarta-feira, 13 de abril de 2016

AMOR É FOGO QUE ARDE SEM SE VER - VARIAÇÃO IX


Vincent Van Gogh, Nuit étoilée sur le Rhône (1888).
Imagem daqui.



Amor é fogo que arde sem se ver
É uma dor camuflada na felicidade
É ganhar mesmo que se esteja a perder
É a luz do escuro, a claridade da noite
É a alegria da minha tristeza
É o sal que tempera o insonso
É o tudo que preenche o nada...

Catarina Carreira e Diogo Mano, Alunos do 10º CT5 desta Escola.


XADREZ NA BIBLIOTECA (19)





No dia 18 de março, entre as 8h30 e as 17h, realizou-se o X Torneio de Xadrez da ESJS. Desta vez participaram vinte e um alunos (dezanove rapazes e duas raparigas). No final, a diretora da escola entregou os prémios aos três primeiros classificados:
 
1.º Afonso Ferreira, 10.º SE3
 
2.º Angie Janeth, 10.º SE1
 
3.º Filipe Reis, 11.º CT4
 
A biblioteca agradece aos alunos Afonso Ferreira e Irina Gonçalves pelo apoio na organização do torneio.
 

CANÇÃO DO SEMEADOR


Foto: Safran de Cotchia.
Imagem daqui.




CANÇÃO DO SEMEADOR

Na terra negra da vida,
Pousio do desespero,
É que o Poeta semeia
Poemas de confiança.
O Poeta é uma criança
Que devaneia.

Mas todo o semeador
Semeia contra o presente.
Semeia como vidente
A seara do futuro,
Sem saber se o chão é duro
E lhe recebe a semente.

Miguel Torga, Antologia Poética, Coimbra, 1994, p. 93
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terça-feira, 12 de abril de 2016

AMOR É FOGO QUE ARDE SEM SE VER - VARIAÇÃO VIII

Imagem daqui.



Amor é fogo que arde sem se ver...

É uma tristeza feliz
É uma arte conseguida
É o espelho a refletir a imagem
É o medo que resulta em coragem

É o brilhante mais opaco
É uma revolta calma
É o arco-íris cheio de cores
É a prisão libertada.

Irina Pedroso e Ricardo Figueiredo, Alunos do 10º CT5 desta Escola.



segunda-feira, 11 de abril de 2016

DEIXA-ME SER FELIZ (XIV)


CURTAS NA BIBLIOTECA

No âmbito da comemoração dos 20 anos da Rede de Bibliotecas Escolares (RBE), os alunos são convidados a produzir um pequeno filme sobre a Biblioteca Escolar. 

Toda a informação sobre esta iniciativa está disponível nesta página da RBE.




DESERTO DE ATACAMA - "OS 33"







A CAMA QUENTE

Homenagem aos mineiros do Chile
que dormem, singelo,
pelo sistema de "a cama quente"


Na mina trabalha-se por turnos,
Quando se volta, nem se tiram os coturnos.

Bebido o café negro e trincado o casqueiro,
joga-se o corpo ao sono, mas, primeiro,

enxota-se o camarada da cama ainda quente,
que não há camas, no Chile, pra toda a gente.

Do calor que sobrou o nosso se acrescenta
pra dar calor ao próximo que entra.

Vós, que dormis em camas, como reis,
tantas horas por dia, não sabeis

como é bom dormir ao calor de um irmão
que saiu ao nitrato ou ao carvão

e desperta ao abanão (é o contrato!)
de um que chega do carvão ou do nitrato!

É a este sistema, minha gente,
que se chama no Chile "a cama quente"...

1975

Alexandre O'Neill, Poesias Completas, Lisboa, Assírio & Alvim, 2000, p. 366.


AMOR É FOGO QUE ARDE SEM SE VER - VARIAÇÃO VII


Imagem daqui.



Amor é um fogo que arde sem se ver
É um raio de sol no meio da escuridão
É a borracha que apaga escrevendo
É o calor numa manhã de inverno.

É a explicação inexplicável
É a onda agitada do Mar Morto
É a caneta que escreve sem tinta
É um tesouro que não tem preço.

É um carvão cheio de brilho
É uma prosa com versos
É uma quimera alada
É um desafinamento que afina.

Ana Carolina Pinto, Diogo Roussado, João Tomé, Alunos do 10º CT5 desta Escola.



sexta-feira, 8 de abril de 2016

AMOR É FOGO QUE ARDE SEM SE VER - VARIAÇÃO VI


Flores de porcelana (Madrid, Espanha, século XVIII).
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FOI...

Um seguro olhar de insegurança,
Um leve toque elaborado,
Quente e robusto como louça.
Foi o bizarro mais privado.

Foi mundano em celestial presença,
Em tão breve olhar prolongado.
Como discreta princesa esvoaça,
Foi breve este amor infindo.

Líbian Carvalho, Aluna do 10º CT4 desta Escola.



LETRA ABERTA




"(...) O poema é o lugar da maior agitação e é o que mantém aberto, na sua articulação, o sonho de uma língua que retém e desacelera. Abrir a linguagem, obter a «letra aberta», é de facto uma acção que não consiste em dobrar a linguagem em direcção a um fim. E é aí que, em cada nome, se dá um estremecimento. O poema vem do canto e guarda a memória de ter sido cantado. (...)"

António Guerreiro, "A acção do poema", suplemento Ípsilon do jornal Público, 30/03/2016.



AMOR É FOGO QUE ARDE SEM SE VER - VARIAÇÃO V


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Amor é fogo que arde sem se ver,
é uma certeza incerta,
é um desengano enganado,
é uma realidade fictícia,
é uma simplicidade complexa,
é uma necessidade desnecessária,
é uma escuridão luminosa,
é uma definição indefinida,
é estar de chegada e anunciar a partida,
é um equilíbrio desequilibrado,
é uma felicidade infeliz,
- é como quebrar o inquebrantável -,
é uma vulgaridade preciosa,
é um silêncio barulhento,
é uma responsabilidade irresponsável,
é de uma utilidade inútil.

É como mensagem escondida,
impossível de decifrar.
Só na hora do despertar
me apercebo de ter estado a sonhar.


Cristiana Marquês, Afonso Fernandes, Carlos Santos, Alunos do 10º CT5 desta Escola.



quinta-feira, 7 de abril de 2016

CICLO DE MÚSICA JAZZ

Imagem e informações detalhadas aqui.


AMOR É FOGO QUE ARDE SEM SE VER - VARIAÇÃO IV


Delta do rio Lena, na Rússia.
Imagem daqui.



Amor é sentir calafrios
É ir longe mas ficar perto
É desaguar mares em rios
É fazer do errado o certo

Amor é qualidade defeituosa
É tornar possível o impossível
É escrever rimas em prosa
É fazer do visível o invisível

Amor é excêntrica banalidade
É uma verdade mentirosa
É viver numa eterna saudade
É uma satisfação dolorosa

Amor é perder sendo vencedor
É um prazer descontente
É ficar feliz sentindo a dor
É viver o passado no presente.

Inês Catalão e Marta Bastos, Alunas do 10º CT5 desta Escola.



quarta-feira, 6 de abril de 2016

AMOR É FOGO QUE ARDE SEM SE VER - VARIAÇÃO III


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Amor é um fogo que arde sem se ver
É uma certeza incorrecta
É uma lealdade infiel
É uma verdade mentirosa
É uma vida imortal
É uma construção em ruínas
É um caminho inacabável sem sentido
É um relógio parado no tempo...

Ana Margarida Simões e Cláudia Rodrigues, Alunas do 10º CT5 desta Escola.



CONCURSO LUSÓFONO DA TROFA 2016

Informações detalhadas e regulamento aqui.



terça-feira, 5 de abril de 2016

SEM PALAVRAS XLIV





"SEM ALARDES, SEM DESFALECIMENTOS"


Adolfo Rocha, seminarista, Miguel Torga, fotobiografia.
Imagem daqui.



"(...) Portugal é uma presença inconfundível na crónica do mundo. Na anatomia da Europa, figura essa espécie de nervo pequeno-simpático, minúsculo factor de mutações transcendentes. Procura-se, e encontra-se com dificuldade, tal a sua insignificância. Minimiza-se-lhe o valor, e passa-se adiante. Desdenha-se. Esquece-se. E ele continua lá, imprescindível e atento, a viver a sua vida própria e a intervir na fisiologia do corpo universal a que pertence. Mas essa intervenção raramente se realiza através dos notáveis portugueses de que a história universal, de resto, mal regista os nomes. É feita por intermédio dum povo inteiro, estóico e despretensioso, colmeia que ninguém quer ver no seu afã ordeiro e sagrado. Povo que é dos mais pobres da terra, e a quem a terra deve parte do seu tamanho e muita da sua significação."

Miguel Torga, "Lado Português de um Diálogo Luso-Brasileiro - Portugal", in Ensaios e Discursos, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 2001, p. 193.


segunda-feira, 4 de abril de 2016

UMA OUTRA MEMÓRIA

Imagem e informações adicionais aqui.



Lançamento no dia 7 de abril de 2016, pelas 18h30, na Biblioteca Nacional.



sexta-feira, 1 de abril de 2016

ABRIL


Imagem daqui.



ABRIL

Vinhas descendo ao longo das estradas,
Mais leve do que a dança
Como seguindo o sonho que balança
Através das ramagens inspiradas.

E o jardim tremeu,
Pálido de esperança.

Sophia de Mello Breyner Andresen, Obra Poética, Lisboa, Caminho, 2011, p. 87.