Antigo blogue do projeto novasoportunidades@biblioteca.esjs

Antigo blogue do projeto novasoportunidades@biblioteca.esjs, patrocinado pela Fundação Calouste Gulbenkian
Escola Secundária José Saramago - Mafra

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

1º ENCONTRO DE LITERATURA INFANTO-JUVENIL DA LUSOFONIA

Programa e imagem daqui.



Na Fundação "O Século", de 2 a 7 de fevereiro de 2015.



SUGESTÃO DE LEITURA (36)

O Provincianismo Português

Se, por um daqueles artifícios cómodos, pelos quais simplificamos a realidade com o fito de a compreender, quisermos resumir numa síndroma o mal superior português, diremos que esse mal consiste no provincianismo. (...)
O provincianismo consiste em pertencer a uma civilização sem tomar parte no desenvolvimento superior dela - em segui-la pois mimeticamente, com uma subordinação inconsciente e feliz.
A síndroma provinciana compreende, pelo menos, três sintomas flagrantes: o entusiasmo e admiração pelos grandes meios e pelas grandes cidades; o entusiasmo e admiração pelo progresso e pela modernidade; e, na esfera mental superior, a incapacidade de ironia. (...)
                                                                                                                         Fernando Pessoa (1928)
  
ZENITH, Richard - Prosa Publicada em Vida. Mem Martins: Círculo de Leitores, 2006. 479 p. ISBN 978-972-42-3897-5 
 
O livro está disponível na BE.


O LIVRO E A ILUMINURA JUDAICA EM PORTUGAL NO FINAL DA IDADE MÉDIA

Imagem e informações detalhadas aqui.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

A ARTE DO POETA

António Aleixo (1899-1949), poeta popular português (pintura de Luís Furtado).



A arte é força imanente,
não se ensina, não se aprende,
não se compra, não se vende,
nasce e morre com a gente.

Nunca julgues que quem canta
é feliz, porque é ilusão:
nem sempre diz a garganta
o que sente o coração.

António Aleixo, Este Livro Que Vos Deixo..., Loulé, Edição de Vitalino Martins Aleixo (filho do poeta), 1980, pp, 69 e 85.



sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

XADREZ NA BIBLIOTECA (17)



 Hoje, na BE, a professora Margarida Branco, diretora da escola, entregou os prémios aos alunos vencedores do VII Torneio de Xadrez da ESJS.

1.º João Araújo

2.º Alexandre Rente

3.º Samuel Costa

O ACENTO GRAVE

Jacques Prévert - capa da Revista Télérama.
Imagem daqui.



L’ACCENT GRAVE

LE PROFESSEUR
Élève Hamlet !

L’ÉLÈVE HAMLET
(sursautant)
… Hein… Quoi… Pardon… Qu’est-ce qui se passe… Qu’est-ce qu’il y a… Qu’est-ce que c’est ?...

LE PROFESSEUR
(mécontent )
Vous ne pouvez pas répondre «présent» comme tout le monde ? Pas possible, vous êtes encore dans les nuages.

L’ÉLÈVE HAMLET
Être ou ne pas être dans les nuages !

LE PROFESSEUR
Suffit. Pas tant de manières. Et conjuguez-moi le verbe être, comme tout le monde, c’est tout ce que je vous demande.

L’ÉLÈVE HAMLET
To be…

LE PROFESSEUR
En Français, s’il vous plaît, comme tout le monde.

L’ÉLÈVE HAMLET
Bien, monsieur. (Il conjugue :)
Je suis ou je ne suis pas
Tu es ou tu n’es pas
Il est ou il n’est pas
Nous sommes ou nous ne sommes pas…

LE PROFESSEUR
(excessivement mécontent)
Mais c’est vous qui n’y êtes pas, mon pauvre ami !

L’ÉLÈVE HAMLET
C’est exact, monsieur le professeur,
Je suis «où» je ne suis pas
Et, dans le fond, hein, à la réflexion,
Être «où» ne pas être
C’est peut-être aussi la question.

Jacques Prévert, Paroles, Paris, Gallimard, 2007, pp. 56-57.


quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

DA CONCISÃO XLVIII

Imagem daqui.




"(...) discurso não é percurso. E jogo falado é uma coisa, jogo treinado outra e jogo jogado outra ainda."

Luís Garcia, Não Sou Eça de Queiroz - O Mundo de Jorge Jesus, Lisboa, Chiado Editora, 2014 (da sinopse).



terça-feira, 20 de janeiro de 2015

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

DA CONCISÃO XLVII

Imagem daqui.


"(A poesia é uma ciência) Porque é uma forma de sabedoria. Porque implica uma metodologia, um trabalho, uma procura obstinada e um exercício de rigor. É uma ciência nesse sentido, mas claro que não é científica porque não trabalha com a prova mas sim com o improvável."

José Tolentino Mendonça numa entrevista a José Fialho Gouveia, "Temos de falar sobre isso", in Diário de Notícias, 18/ 01/ 2015.




sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

MONTE SAINT-MICHEL

Fotografia de Uwe Küchler (2006).
Imagem daqui.


MONT SAINT-MICHEL

Piramidal e pétrea, cor de aurora
na de entre chuva matinal distância,
do plaino mar levanta-se mosteiro
a que Merveille chamam. Para entrar-se
há que subir degraus que não acabam:
a tanta penitência não resiste
maravilha nenhuma deste mundo;
é melhor vê-la ao longe, na distância,
piramidal e pétrea, cor de aurora.

9/Out/1974
(de «Ciclo da Bretanha»)

Jorge de Sena, Antologia Poética, edição de Jorge Fazenda Lourenço, Porto, ASA Editores II S.A., 2001, p. 241.



quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

O MACACO E O CORVO


O corvo e a raposa, Fábulas de La Fontaine, Fundação Gala-Salvador Dalí.
Imagem daqui.


"FÁBULA


O MACORVO E O CACO - Andesta na florando um enaco macorme avistorvo um cou com um beço pedalo de quico no beijo. «Ver comou aqueijo quele ou não me chaco macamo», vangloriaco o macou-se de sara pigo consi. E berrorvo para o cou: «Oládre compá! Voçá estê bonoje hito! Loso, maravilhindo! Jami o vais tem bão! Nante, brilhio, luzidegro. Poje que enso, se quisasse canter, sua vém tamboz serela a mais bia de testa a floroda. Gostari-lo de ouvia, comporvo cadre, per podara dizodo a tundo mer que vocé ê o Rássaros dos Pei». Caorvo na cantida o cado abico o briu afar de cantim sor melhão cansua. Naturalmeijo o quente caão no chiu e fente imediatamoi devoraco pelo astado macuto. «Obriqueijo pelo gado!», gritiz o felaco macou. E a far de provim o mento agradecimeu var lhe delho um consou: Jamie Confais em Pacos-Suxa.

(1955. Fábula escrita na linguagem - aqui recuperada - do tempo em que os animais falavam)"

Millôr Fernandes, Millôr Definitivo-A Bíblia do Caos, Porto Alegre, L&PM Editores, 1994, p. 187.




terça-feira, 13 de janeiro de 2015

CONCURSO ARTES E TALENTOS 2015


Imagem e informações no sítio da Fundação da Juventude.


SALOIOS IX

Pátio da Casa-Museu Leal da Câmara
Imagem daqui.

Do legado islâmico deixado em terras saloias não fazia parte o seu maior tesouro, a arte e as suas variações: a música, a dança, a poesia, o sufismo… O árabe, ou o muçulmano, ou o mouro, ou o marroquino, ou o berbere, que se instalou em terra saloia era o homem da força do trabalho e não o da contemplação mística, nem tão-pouco o poeta ou o músico. Contudo, o que veio trouxe bagagem, ainda que depauperada, e o que ela continha permanece. Faz-se sentir na onomástica, de forma especial na toponímia, nos hábitos arreigados relacionados com o trabalho da terra, com o pequeno negócio, nos caracteres morfológicos e psicológicos (a astúcia, a calma, a pertinácia…) do saloio e da saloia, e nas tendências sociais das populações. Além destes aspetos, existem outros que poderiam e mereceriam ser aprofundados e investigados. A título de exemplo, encontra-se aquilo que Kiesler Reinhard designa como “arabismos semânticos”, tipicamente ibéricos, inexistentes nas outras línguas românicas. É o caso da expressão matar a fome, “recortada” do árabe, e de alguns modos de falar ou fórmulas de cortesia de talhe inconfundivelmente islâmico, como refere o autor.
Uma outra vertente dessa influência que permanece por desbravar prende-se com certos aspetos arquitetónicos das casas mais antigas da região que parecem emular traços marroquinos e assim prolongar a herança recebida. O tradicional pátio das casas saloias mais abastadas (ainda há alguns que têm logrado resistir às novas construções) é um deles. Habitualmente bem servido de água, a maioria das vezes por meio de um poço, tem sempre flores, em canteiros ou em vasos, fazendo assim as vezes de um jardim e preservando a vida doméstica dos olhares indiscretos dos passantes, o pátio será um vestígio do característico riad/ jardim interior, tão prezado ainda hoje pelas culturas islâmicas e tão divulgado nos roteiros turísticos. Ele será também o local central da casa, o ponto aglutinador e a fonte de luz. Encontram-se ainda sem grande procura dois outros traços arquitetónicos da habitação, também eles tributários desse legado – a telha de canudo e o terraço. As entradas e saídas de casa fazem-se através de um portão de ferro forjado ou, então, de madeira, mas com batentes em ferro forjado; há normalmente uma outra abertura, uma porta estreita, por vezes com um pequeno postigo. As janelas que deitam para a rua normalmente são muito pequenas; já aquelas que estão viradas para o pátio são notavelmente maiores, permitindo desta forma a entrada da luz natural nos espaços interiores, dependências da mulher saloia.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

FERNANDO PESSOA E O LIVRO DO DESASSOSSEGO: UMA ESCRITA QUE NÃO CESSA DE ESCREVER-SE

Imagem e informações detalhadas no sítio da Biblioteca Nacional.


Conferência proferida por Diego Giménez, no dia 29 de janeiro de 2015, pelas 18h30, com entrada livre.


sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

OBRAS COMPLETAS DE JOSÉ SARAMAGO NO BRASIL



Informações detalhadas no sítio da Fundação José Saramago.


"José Saramago bem que poderia ter escrito: «e no começo fez-se a liberdade»."

Palavras de Luís Schwarcz, editor desta publicação, citando José Saramago.


TOP LEITORES ( 2014/2015) - 1.º PERÍODO

(Alunos do ensino regular e profissional)

1.º Inês Alves, 10.º SE2

2.º Alexandra Melo, 12.º AV1

3.º Rafaela Ferreira, 12.º CT5


(Adultos)

1.º Inácia Lopes

2.º Eugénia Duarte

3.º Luísa Santos
                Parabéns!
 

DA CONCISÃO XLVI


Imagem daqui.


"Ninguém se cansa de bondade e avencas."

Adélia Prado, "Reza para as quatro almas de Fernando Pessoa", in Bagagem, Lisboa, Cotovia, 2002, p. 57.


quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

SALÃO DO LIVRO DE PARIS 2015







O Brasil é o convidado de honra do Salão do Livro de Paris.
Entre 20 e 23 de março de 2015.



AQUISIÇÕES RECENTES

Fotografia de Pedro Freire e Rúben Damião, 11.º PM2

FRANCO, José Eduardo; CALAFATE, Pedro (coord.) – Padre António Vieira – Sermões e Discursos Vários. Tomo II, Volume XV. Maia: Círculo de Leitores, 2014. 789 p. ISBN 978-972-42-4881-3

FRANCO, José Eduardo; CALAFATE, Pedro (coord.) – Padre António Vieira – Escritos sobre os Judeus e a Inquisição. Tomo IV, Volume II. Maia: Círculo de Leitores, 2014. 435 p. ISBN 978-972-42-4885-1

FRANCO, José Eduardo; CALAFATE, Pedro (coord.) – Padre António Vieira – Poesia e Teatro. Tomo IV, Volume IV. Maia: Círculo de Leitores, 2014. 494 p. ISBN 978-972-42-4887-5

GARRETT, Almeida – Frei Luís de Sousa. Porto: Porto Editora, 2014, 140 p. ISBN 978-972-0-72715-2

PEREIRA, Paulo – Oitocentos: decifrar a arte em Portugal. Maia: Círculo de Leitores, 2014. 215 p. ISBN 978-972-42-4966-2

DA CONCISÃO XLV

Imagem daqui.



o homem é filho do Nada
e do abandono a presa
seu coração folha seca
pelos ventos fustigada.

Ibn Dâwûd al-Marwânî, "o homem é filho do Nada", in Adalberto Alves, O Meu Coração é Árabe, Lisboa, Assírio & Alvim, 1999, p.164.


quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

PALÍNDROMOS



Imagem daqui.


Amar dá
drama.
Gregório Duvivier

ramo no mar
Marina Wisnik

só nós
sós
somamos
Marina Wisnik

Plástico Bolha, Ano 9, nº 35


terça-feira, 6 de janeiro de 2015

REALEJO

Imagem daqui.



Pobre velha música!
Não sei por que agrado,
Enche-se de lágrimas
Meu olhar parado.

Recordo outro ouvir-te.
Não sei se te ouvi
Nessa minha infância
Que me lembra em ti.

Com que ânsia tão raiva
Quero aquele outrora!
E eu era feliz? Não sei:
Fui-o outrora agora.
12-1924
Fernando Pessoa, Poesia 1918-1930, ed. Manuela Parreira da Silva, Ana Maria Freitas e Madalena Dine, Assírio & Alvim, 2005.


DIA DE REIS


James Tissot, Os Reis Magos em Viagem (1886-1894)
Imagem daqui.



segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

COLÓQUIO "A CHAROLA DE TOMAR: NOVOS DADOS, NOVAS INTERPRETAÇÕES"

Imagem e informações detalhadas aqui.


O colóquio, organizado pela Direção-Geral do Património Cultural, com a colaboração do Instituto de História de Arte da Faculdade de Letras de Lisboa, terá lugar nesta Faculdade, nos dias 8 e 9 de janeiro de 2015. A entrada é livre.



sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

FELIZ ANO NOVO!...

Soeren Stache/DPA/AFP
Imagem daqui.



XIII

Renova-te.
Renasce em ti mesmo.
Multiplica os teus olhos para verem mais.
Multiplica os teus braços para semeares tudo.
(...)
Sê sempre o mesmo.
Sempre outro.
Mas sempre alto.
Sempre longe.
E dentro de tudo.

Cecília Meireles, Cânticos, São Paulo, Editora Moderna, 1982.