Antigo blogue do projeto novasoportunidades@biblioteca.esjs

Antigo blogue do projeto novasoportunidades@biblioteca.esjs, patrocinado pela Fundação Calouste Gulbenkian
Escola Secundária José Saramago - Mafra

terça-feira, 29 de abril de 2014

DEIXA-ME SER FELIZ (I)









Cristiana Vicente Martins, aluna finalista da Escola Secundária José Saramago - Mafra, esteve na BE a apresentar o seu livro Deixa-me ser feliz
O encontro contou com a presença das professoras Isabel Sousa e Lucília Sombreireiro e de alunos das turmas B e D do décimo ano. As amigas de longa data, Joana e Mariana, também estiveram presentes. 
De forma simples e emotiva, a jovem autora partilhou a sua história de vida. Falou ainda da importância da escrita e da leitura no seu quotidiano. 
Parabéns, Cristiana!

segunda-feira, 28 de abril de 2014

WILLIAM BLAKE - PROVÉRBIOS

William Blake (1757-1827), Proverbs of Hell (primeira página).
Imagem daqui.




No tempo das sementeiras, aprende; no das ceifas, ensina; no Inverno, goza.
(…)
Um tolo não vê a mesma árvore que um sábio vê.
(…)
Laboriosa abelha não tem ócios para a tristeza.

As horas da loucura são contadas pelo relógio; mas as da sabedoria não há relógio que possa contá-las.

Não voa alto de mais a ave que voa com as próprias asas.
(…)
O acto mais sublime é colocar outrem adiante de si.

Persistisse o louco em sua loucura, avisado se tornaria.
(…)
A raposa deita culpas à armadilha, não a si própria.

À ave o ninho, à aranha a teia, ao homem a amizade.

O que hoje se prova não passava ontem de imaginação.

A ratazana, o rato, a raposa, o coelho reparam nas raízes; o leão, o tigre, o cavalo, o elefante atentam nos frutos.

A cisterna contém; a fonte transborda.

Um único pensamento é susceptível de encher a imensidão.
(…)
Tudo quanto seja possível acreditarmos torna-se imagem da verdade.

Jamais a águia perdeu tanto o seu tempo como ao ter de ouvir as lições do corvo.

De manhã, pensa; ao meio-dia, age; à tarde, come; à noite, dorme.

Não esperes senão veneno das águas estagnadas.

Nunca saberás o que é bastante se não souberes o que é mais que bastante.

Os olhos de fogo, as narinas de ar, a boca de água, a barba de terra.

É forte em astúcia o fraco em coragem.

Exuberância é Beleza.
(...)


 
William Blake, “Proverbs of Hell”, The Marriage of Heaven and Hell, in “Vozes da Poesia Europeia – II”, traduções de David Mourão-Ferreira, Colóquio-Letras, número 164, maio-agosto de 2003, pp.218-221.



EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA (19)






 
Exposição "40 anos da Revolução do 25 de abril", dinamizada pela área disciplinar de História.
Para ver na Biblioteca da ESJS  de 24 de abril a 2 de maio.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

DA CONCISÃO XXXIII


Cesário Verde, 1855-1886
Imagem daqui.


(...)
Pobre da minha geração exangue
De ricos! Antes, como os abrutados,
Andar com os sapatos ensebados,
E ter riqueza química no sangue!
(...)

Cesário Verde, "Nós"


A REVOLUÇÃO NA PENA DOS POETAS

Poema manuscrito de Sophia de Mello Breyner Andresen, dois dias depois da Revolução...
Imagem daqui.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

AQUISIÇÕES RECENTES



ALLENDE, Isabel – O Jogo de Ripper. Porto: Porto Editora, 2014. 398 p. ISBN 978-972-0-04498-3

FRANCO, José Eduardo; CALAFATE, Pedro (coord.) – Padre António Vieira – Sermões Hagiográficos I. Tomo II, Volume X. Maia: Círculo de Leitores, 2014. 516 p. ISBN 978-972-42-4878-3

FRANCO, José Eduardo; CALAFATE, Pedro (coord.) – Padre António Vieira – Sermões Hagiográficos II. Tomo II, Volume XI. Maia: Círculo de Leitores, 2014. 518 p. ISBN 978-972-42-4873-8

FRANCO, José Eduardo; CALAFATE, Pedro (coord.) – Padre António Vieira – Sermões de Incidência Política. Tomo II, Volume XIII. Maia: Círculo de Leitores, 2014. 366 p. ISBN 978-972-42-4874-5

MARQUES, João Pedro – O Estranho Caso de Sebastião Moncada. Porto: Porto Editora, 2014. 336 p. ISBN 978-972-0-044952-2

MARTINS, Cristiana Vicente – Deixa-me Ser Feliz. Alcochete: Edições Alfarroba, 2014. 29 p. ISBN 978-989-8455-97-0

PEREIRA, Paulo – Barroco. Maia: Círculo de Leitores, 2014. 245 p. ISBN 978-972-42-4965-0
 

DA MEMÓRIA IV

Charles Rouy, Mãos mnemónicas ou "aide-mémoire" geográfico (1835).
Imagem daqui.



quarta-feira, 23 de abril de 2014

CONSELHOS LITERÁRIOS

Nicolas Boileau-Despréaux (1636-1711), A Arte Poética (1674)
Imagem daqui.



CONSELHOS LITERÁRIOS

Alguns talentos há, cuja brumosa ideia
em densa nuvem só se exprime e se encadeia:
nem a luz da razão a sabe penetrar.
Antes pois de escrever aprendei a pensar.
Conforme a ideia for mais ou menos escura,
mais confusa há-de ser a expressão, ou mais pura.
O que bem se concebe expõe-se claramente,
e o termo adequado irrompe facilmente.

Sobretudo, ao escrever, que a língua respeitada,
mesmo a quem se exceder, se mantenha sagrada!
Em vão apreciarei um som melodioso,
se impróprio for o termo, e o uso vicioso.
Não admito assim pomposos barbarismos,
nem num verso de truz soberbos solecismos…
Sem pureza da língua o poeta mais divino
não passará jamais de um escritor indigno.

Com ócio trabalhai (o tempo não interessa!),
e desdenhai de quem se atreva a dar-vos pressa.
Se rápido, a rimar, o estilo tiranizo,
não mostro então valor, mas só falta de siso.
De um rio gosto mais, que, sobre a mole areia,
num prado todo em flor lentamente passeia,
do que de uma torrente, em trágico furor,
que transbordando inunda os campos em redor.

Apressai-vos, mas só com sábia lentidão;
sobre o mesmo lavor voltai a pôr a mão.
E tratai de o limar, e tornar a limar:
Acrescentar é bom; melhor inda é riscar…
Numa obra que esteja eivada de defeitos,
nem hão-de salientar-se alguns passos perfeitos.
É preciso que tudo em suma se entrelace,
que ao início responda o próprio desenlace.

Com arte delicada as peças ajuntadas
hão-de um todo formar das partes mais variadas.
E o discurso jamais se afaste do seu rumo
para ao longe brilhar com imagens de fumo…

Boileau, L’Art poétique, Canto I, vv.147-82, in “Vozes da Poesia Europeia – II”, traduções de David Mourão-Ferreira, Colóquio-Letras, número 164, maio-agosto de 2003, pp.193-194.



TOP LEITORES (2013 - 2014)

Com base nos registos de leitura domiciliária, a biblioteca elegeu os leitores do 2.º período.

(Alunos do ensino regular e profissional)

1.º Inês Melim, 11.º N

2.º Daniela Silva, 11.º H

3.º Vitor Vidal, 12.º R3


(Adultos)

1.º Inácia Lopes

2.º Luísa Santos

3.º Eugénia Duarte


Parabéns!


terça-feira, 22 de abril de 2014

PRÉMIO LITERÁRIO REVELAÇÃO AGUSTINA BESSA-LUÍS

Informações, incluindo o regulamento, aqui.

A decorrer até ao dia 31 de maio de 2014.



segunda-feira, 21 de abril de 2014

sábado, 19 de abril de 2014

PÁSCOA FELIZ!


O 1º ovo Fabergé (1885), encomendado pelo Csar Alexandre III, por ocasião da Páscoa. Uma verdadeira galinha dos ovos de ouro...
Imagem daqui.


"Páscoa, s. do lat. vulgar pascŭa, atestado nas glosas, alteração do lat. eclesiástico Pascha, por cruzamento com pascua, «alimento (propriamente «pasto»)», pois a Páscoa põe fim ao jejum da Quaresma; aquele lat. Pascha provém do gr. páscha, forma documentável na versão dos Setenta (que significa: «a Páscoa, festa judaica e cristã; em particular, a refeição da Páscoa; o anho pascal»), com origem no hebreu pasach, que propriamente, significa «passagem» e designa a festa celebrada em recordação da saída do Egipto (...); serviu depois para designar a festa cristã celebrada em honra da Ressurreição de Jesus Cristo, por motivo da coincidência das datas. Séc. XIII: «Com eu en dia de Pascoa/ queria ben comer», Afonso X, o Sábio (...)."

José Pedro Machado, Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, Lisboa, Livros Horizonte, quarto volume M-P, p.317.



quarta-feira, 16 de abril de 2014

POESIA E PINTURA


Jean-François Millet, Angelus (1857-1859)




"L'ANGÉLUS" DE MILLET

Recolhidos,
os camponeses de Millet olham a terra,
quando o céu, às Trindades, os convoca.

Forquilha, cesto, carro,
homem, mulher
- já tão longe na história!

Alexandre O'Neill, A Saca de Orelhas (1979), in Poesias Completas, Lisboa, Assírio & Alvim, p.382.



terça-feira, 8 de abril de 2014

ENCONTROS DE LEITURA (5)






No âmbito do Projeto Comenius "Érase una vez, il était une fois...", assistimos, na Biblioteca, à representação do conto tradicional Os Músicos da Cidade de Bremen. Participaram alunos do décimo L e do décimo primeiro C, O e P.

SHAKESPEARE - INVENTOR DE PALAVRAS


Imagem e as 13 palavras inventadas por Shakespeare aqui.


segunda-feira, 7 de abril de 2014

MANIFESTAÇÕES DO DESASSOSSEGO

CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DE OCTAVIO PAZ

«Compreender um poema quer dizer, em primeiro lugar, ouvi-lo. Ler um poema é ouvi-lo com os olhos; ouvi-lo, é vê-lo com os ouvidos. O poema deve provocar o leitor: obrigar o leitor a ouvir - a ouvir-se.»
Octavio Paz


Octavio Paz
Poeta, ensaísta e diplomata.
Nasceu a 31 de março de 1914, na Cidade do México,  e faleceu a 19 de abril de 1998. Foi uma figura importante das letras latino-americanas do século XX. Em 1990, aos 76 anos, ganhou o Prémio Nobel de Literatura, o primeiro atribuído a um autor mexicano. Traduziu poemas de Fernando Pessoa e dedicou-lhe um livro: Fernando Pessoa, o Desconhecido de Si Mesmo. À semelhaça do que fez Eduardo Lourenço em Portugal, Octavio Paz investigou e analisou em detalhe a identidade mexicana.
No final do mês de março assinalou-se o centenário do seu nascimento.

Mais informação sobre o autor aqui.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

ENCONTROS DE LEITURA (4)



Recital de poesia pelos alunos da Universidade Sénior de Mafra (USEMA), sob a orientação da professora Fátima Caracol, e momento musical por um grupo de estudantes da ESJS.

SEM PALAVRAS XXXII

Vivaldi, La Follia

terça-feira, 1 de abril de 2014

XADREZ NA BIBLIOTECA (13)

Cartaz da autoria do professor Luís Amorim e alunos do 12.º S3 (2011)


VI TORNEIO DE XADREZ DA ESJS 

2 de abril de 2014 

9h  - 18h30 

Biblioteca da Escola Secundária José Saramago - Mafra


SEM PALAVRAS XXXI

Arcangelo Corelli, La Follia