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Escola Secundária José Saramago - Mafra

segunda-feira, 21 de março de 2011

POESIA DE MARIA LUCINDA SANTOS (III)

As Andorinhas 

Vestidas de negro como vindimas
Lá partem juntas em revoadas
Formam-se em bandos no espaço
Fazem curvas no céu sem embaraço
Graciosamente enleadas.

Fogem do inverno que se aproxima
Vão para o exílio cheias de saudade
Poemas de amor vão murmurando
No seu comunicar chilreando
Esvoaçando em plena liberdade.

Mas quando os raios de sol
Acalentam os campos engalanados
Pela Primavera já chegada
Voltam alegres numa virada
Cantando estrofes, de amores encantadas.

Doidas de alegria junto aos beirais
Reconhecem os ninhos deixados
E uma azáfama vão compôr
O que foi feito com tanto amor
E que p'lo tempo foram estragados.

Depois ... um grande idílio
No alto do seu mirante
Olhando o azul do firmamento
Vão sonhando a todo o momento
Com os frutos do seu amor galante.

E quando os filhos nascem
E pipilam com seus tenros biquitos
Baixam à terra e num vai-vem
Labutando como ninguém
Trazendo o comer aos seus pequinitos.

21 de Março de 2011
        

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